Por indicação de uma colega, esses dias vi Perfect Sense, traduzido como Sentidos do Amor, direção do inglês David Mackenzie, co-produção da Alemanha, Reino Unido, Suécia e Dinamarca. Nos papeis principais, Ewan McGregor - de Moulin Rouge, Beginners, I Love You Phillip Morris - e a francesa Eva Green, linda! (Não a conhecia...)
Grande metáfora para ilustrar o adoecimento da humanidade nos tempos atuais. São 5 os sentidos do corpo humano: olfato, paladar, audição, visão e tato (se não considerarmos o 6o. sentido... a intuição!). Sentimos, internalizamos o mundo e suas "coisas" através dessas capacidades. A vida e seus dias têm cheiros e sabores, sons e imagens, texturas...Nossas relações - intrapsíquicas e interpessoais - são construídas, elaboradas, ancoradas no sorvido pelos nossos sentidos, cada lembrança de dor ou prazer nos remete a um cheiro, um sabor. Cada memória relaciona-se a projeções imagéticas do vivido, desejos de futuro. Tranquilidade? Azul, o mar, um pôr-do-sol, o sorriso de um bebê. Prazer? O cheiro daquela pele, ah! O gosto daquela boca..., o sabor do vinho, a melodia de uma música.
O filme nos convida a refletir sobre como "perdemos" nossos sentidos ao nos relacionarmos com o outro e consigo mesmos. Em que momento deixamos de sorver os cheiros e sabores da nossa vida diária? Estamos presentes em tudo que ouvimos e vemos? Afinal, qual é o sentido perfeito?
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