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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Querida Konbini (Konbini Ningen), de Sayaka Murata

Irasshaimasê! Bem-vindo em japonês. Konbini é uma espécie de loja de conveniência japonesa e a autora utiliza esse "não-lugar" como metáfora da vida. Discute o que é ser normal na sociedade, as relações interpessoais e a nossa relação com o trabalho. A personagem principal, Keiko, é a narradora. Ela é uma espécie de caricatura desse não-normal. Possui problemas de sociabilidade, é desprovida de sentimentos, apresenta uma forma muito racional e analítica de funcionar. Quase um robô rodando um programa de como ser "ser humano" (Lembrei dos andróides de Blade Runner!). É alguém que não se adapta ao entorno, não consegue compreender "qual o jeito certo de sorrir, de cumprimentar", de viver. Os outros a consideram estranha, a família entende que ela precisa ser curada, ela não entende qual é a sua doença. Do ponto de vista de Keiko, nos contagiamos com o jeito de ser das pessoas com as quais convivemos, absorvemos seu modo de vestir, de falar, de reagir. E esse