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Mostrando postagens de junho, 2020

Sejamos realistas esperançosos!

Eu costumo dizer que sou uma pessoa otimista, meu copo está sempre meio cheio. Ao longo da vida - hoje tenho 46 anos - essa maneira de viver o dia a dia foi muito confundida com alienação, ingenuidade ou era a menina "que não deve ter problemas", sempre sorrindo. Talvez faça mesmo algum sentido porque, de fato, não acho que preciso ter opinião sobre tudo (alheia por convicção!), acredito no ser humano (" you may say I'm a dreamer" ) e, realmente, não tive grandes dificuldades ao longo da vida. Mas gosto de pensar que sou uma realista esperançosa , no dizer de Ariano Suassuna. Ao longo desses meses, em meio à pandemia do coronavírus, refleti sobre o conceito de espera-nça e seu oposto, o des-espero . Ouvi filósofos e poetas. Para mim, quem tem esperança espera que o Bom, o Belo, o Justo e o Verdadeiro - os ideais platônicos - se sobreponham. Porque é próprio do homem. Confia no insondável, na vida e, principalmente, tem fé em si mesmo . A esperança em que acredi

O Porco Espinho, Le Hérisson

Gostei do filme francês Le Hérisson . A personagem pricipal, Paloma - uma menina de 11 anos, de classe alta, inteligente -, decepcionada com a vida que observa ao seu redor, decide que quando fizer 12 anos irá se matar, pois essa é a única maneira de fugir do destino que a espera. Com uma filmadora velha do pai, vai gravando cenas de sua vida cotidiana, seus olhares. O filme conquista talvez pela sutileza. É mais do que a diferença de classes, a zeladora que não é vista, a vida vazia da classe alta, os 10 anos de terapia-antidepressivos-champagne, a falta de comunicação verdadeira nessa família... é o esconderijo perfeito - um quarto repleto de livros, de mundos que encantam Madame Michel -, é a gentileza e o respeito de um estranho, o desenho e a filmadora de Paloma ajudando-a a significar a vida. "O mais importante não é a morte em si, mas o que você estava fazendo quando ela chegou", é o como se leva a vida que dá sentido à morte e há sempre oportunidade de mudarmos a

Casa arrumada, mente equilibrada

Tudo no Universo tem uma Ordem, não é verdade? A Natureza não é aleatória, o sol não nasce apenas quando está a fim, a lua não deixa de brilhar porque está triste, as estações - primavera, verão, outono, inverno - se sucedem, independente de pandemia, de guerras ou nossos lutos pessoais. E nós, seres humanos, não podíamos ficar de fora dessa Ordem. O Caibalion - estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia - nos ensina que “sempre existe a vibração rítmica de um pólo a outro. O Pêndulo Universal sempre está em movimento. As marés da Vida sobem e descem de acordo com a Lei”, da mesma forma que “há sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma alta e uma baixa, manifestadas em todos os tons e fenômenos do Universo.” A Ordem, portanto, permeia toda nossa vida, nos aspectos físicos, energéticos, emocionais, mentais. "O que está em cima é como o que está embaixo", princípio da correspondência. Se estamos organizados dentro, nossa vida externa será espe