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Mostrando postagens de 2016

Una sonrisa a la vida - Truman

Una sonrisa a la vida - Truman  (Direção de Cesc Gay), novo filme de Ricardo Darín, vencedor do prêmio Goya 2016 de melhor ator, é encantador. A estória se passa em Madri e fala de Julián (Darín), um ator argentino com câncer em fase terminal, que decide não continuar com o tratamento. Por quatro dias, ele recebe a visita de um antigo amigo, Tomás (Javier Cámara), que o acompanha em suas providências finais, dentre elas, escolher um novo dono para seu cachorro Truman, companheiro de muitos anos. É triste? E como! Chorei do início ao fim. Mas não é apelativo, o filme não é (somente) sobre a finitude, a morte, a doença, antes nos conta da força de uma amizade... "se puede perder todo menos los amigos".

Livros sobre gatos

Para os amantes dos felinos - como eu! ;-) -, indico 2 livros lindos que prestam homenagens aos nossos peludos queridos: "O que aprendemos com os gatos", de Paloma Díaz-Mas, e "O gato chinês", de Kwong Kuen Shan. O primeiro é a história de Tris-Trás, Paloma Díaz-Mas nos conta do mundo dos felinos, suas manias, como foi a convivência da autora com seus gatos e como foi perdê-los... é uma espécie de homenagem póstuma, comovente. O prefácio de Ferreira Gullar é igualmente emocionante. Eu adorei a leitura!  A um cavalheiro que chorou com sua esposa uma pequena perda Passaram por nossas vidas cautelosos, como quem pisa em almofadas de algodão; eram capazes de andar no vidro sem quebrá-lo de roçar uma taça sem derramar uma gota sequer. Eram sábios: no verão, escolhiam a sombra mais fresca, no inverno, o calor de nossos corpos adormecidos. Andavam pela casa deixando uma esteira de inapreensíveis fibras de ouro ou nácar. Muitas vezes nos af

Simples Assim

Lenine sempre vale a pena conferir. Olha que linda essa música nova do álbum "Carbono". Do alto da arrogância qualquer homem Se imagina muito mais do que consegue ser É que vendo lá de cima, ilusão que lhe domina Diz que pode muito antes de querer Querer não é questão, não justifica o fim Pra quê complicação, é simples assim Focado no seu mundo qualquer homem Imagina muito menos do que pode ver No escuro do seu quarto ignoro o céu lá fora E fica claro que ele não quer perceber Viver é uma questão de inicio, meio e fim Pra quê a solidão, é simples assim É, eu ando em busca dessa tal simplicidade É, não deve ser tão complicado assim É, se eu acredito, é minha verdade É simples assim E a vida continua surpreendentemente bela Mesmo quando nada nos sorri E a gente ainda insiste em ter alguma confiança Num futuro que ainda está por vir Viver é uma paixão do inicio, meio ao fim Pra quê complicação, é simples assim É, eu ando em busca dessa tal simplicida

O Quarto de Jack

O Quarto de Jack , Room , no original, é um filme simples e bonito. Direção de Lenny Abrahamson, roteiro adaptado do romance escrito por Emma Donoghue, co-produção Irlanda e Canadá (Dentre outras indicações - melhor atriz, melhor filme -, está concorrendo ao Oscar 2016 na categoria Melhor roteiro adaptado ; não li o livro, mas, mesmo assim, arrisco-me a torcer para Carol , cuja adaptação do Carol de Patrícia Highsmith, é fantástica!). Voltando... A película conta a história de uma moça de 17 anos, Joy (Brie Larson), que é sequestrada e fica em cativeiro - o Room - por 7 anos, mantendo relações sexuais com o sequestrador, com quem tem um filho, Jack (Jacob Tremblay, maravilhoso!). Você deve estar pensando que será um dramalhão... mas não é, justamente porque o foco não é o sequestro em si, a violência etc., mas as estratégias de sobrevivência dessa mãe e desse filho. O poder da imaginação e da fantasia como instrumento de cura, uma maneira possível de lidar com a realidade dura d

A Garota Dinamarquesa

Após muita expectativa, finalmente fui assistir " The Danish Girl ", A Garota Dinamarquesa, direção de Tom Hooper. O filme é baseado na história real do pintor dinamarquês Einar Weneger (Eddie Redmayne, de "A Teoria do Tudo"), pioneiro a realizar a cirurgia de mudança de sexo na década de 20, em Dresden, Alemanha. O filme causou-me inquietação... não sei, inicialmente estranhei a Lili - versão feminina de Einar -, talvez por não me identificar com aquela versão de feminino, com aquela maneira de ser mulher, de caras e bocas. Gerda (Alicia Vikander), por sua vez, é encantadora e forte com suas unhas sem esmalte e irregulares, sem maquiagem, caminhando pelas calçadas equilibrando-se no salto alto com suas pinturas, batalhando reconhecimento. Até que ponto essa minha impressão é devida à construção do personagem Lili Elbe (às vezes, me dava a impressão de uma Carol de Cate Blanchett caricata, forçada) ou ao argumento frágil Einar/Lili/Gerda? Não sei