O Quarto de Jack, Room, no original, é um filme simples e bonito. Direção de Lenny Abrahamson, roteiro adaptado do romance escrito por Emma Donoghue, co-produção Irlanda e Canadá (Dentre outras indicações - melhor atriz, melhor filme -, está concorrendo ao Oscar 2016 na categoria Melhor roteiro adaptado; não li o livro, mas, mesmo assim, arrisco-me a torcer para Carol, cuja adaptação do Carol de Patrícia Highsmith, é fantástica!). Voltando... A película conta a história de uma moça de 17 anos, Joy (Brie Larson), que é sequestrada e fica em cativeiro - o Room - por 7 anos, mantendo relações sexuais com o sequestrador, com quem tem um filho, Jack (Jacob Tremblay, maravilhoso!).
Você deve estar pensando que será um dramalhão... mas não é, justamente porque o foco não é o sequestro em si, a violência etc., mas as estratégias de sobrevivência dessa mãe e desse filho. O poder da imaginação e da fantasia como instrumento de cura, uma maneira possível de lidar com a realidade dura de um confinamento. Senti falta de aprofundamento dos personagens, os pais de Joy, a própria Joy, suas dores e dilemas não são explorados, apenas mostrados sutilmente. A força do filme é a relação mãe-filho, a delicadeza da descoberta do mundo por Jack. O filme inquieta, emociona, é suspense e drama.
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