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Mostrando postagens de abril, 2014

Muitas tristezas e alguns acalantos

São tantas notícias ruins e impactantes, de pais matando seus filhos, justiceiros amarrando pessoas em postes, a sede de vingança da população que quer diminuir a maioridade penal para 12 anos (???), pobres negros sendo assassinados diariamente e essa onda de que "todos somos iguais", embora não sejamos nem um pouco empáticos. A verdade é que somos uma sociedade corrupta, racista, homofóbica, cruel com os animais, o meio ambiente, os idosos e as crianças. Afinal, criminalizar meninos a partir de 12 anos é respeitar a criança? Quebrar a mandíbula de um gatinho indefeso com um chute é respeitar os animais? Quebrar uma lâmpada na cara de dois meninos apenas pelo fato deles estarem se beijando é respeitar a diferença?  Arrastar um carro com uma pessoa pendurada até a morte é #sermostodosmacacos? Me façam uma garapa! Pouca farinha meu pirão primeiro (e o pior, ou melhor, é que a farinha não é pouca não!), é proporcional à nossa ganância e ao nosso egoísmo de cada dia. Poi

Ennio Morricone - "Love Theme" from "Cinema Paradiso" / Alexandra Hobly

Quem disse que Deus não existe? Essa música é a pura manifestação do divino...

Hoje eu (não) quero voltar sozinho

O longa brasileiro Hoje eu quero voltar sozinho , premiado no Festival de Berlim, é uma graça de filme! Direção de Daniel Ribeiro. Os atores principais são o Guilherme Lobo, que interpreta Leonardo (não, ele não é cego de verdade!), a Tess Amorim, a Giovana, melhor amiga de Leonardo, e o Fabio Audi, que faz Gabriel, o menino dos cachinhos. Veja essa entrevista curtinha com os meninos: Esse delicado filme nos conta sobre as descobertas da adolescência, o primeiro amor, o primeiro beijo (Acredito que o primeiro beijo sempre - e em qualquer tempo - irá causar frio na barriga e alguma taquicardia...rs). Acontece que a estória se passa em um contexto especial, o protagonista é um rapaz cego de nascimento. O filme, então, pincela a questão da inclusão, como é estar inserido em uma sociedade voltada para os que enxergam, a relação com os pais e colegas de escola. Na minha opinião, no entanto, o mérito maior da película é abordar com sutileza - cenas delicadas, trilha sonora

Glória

  Gloria de Umberto Tozzi O filme chileno de Sebastián Lelio me fez refletir sobre o estar consigo e isso ser mais significativo que qualquer outra coisa. Glória (Paulina García) nos fala de uma mulher comum, entre os seus 50 e 60 anos, divorciada, independente, que trabalha e tem 2 filhos já crescidos que vivem suas vidas. É avó. Sem muitos amigos. É habituada a cuidar de si. Descobre um glaucoma e, sem mi-mi-mi, usa com disciplina seu colírio diário. É daquelas pessoas que dirige cantando, sente-se triste às vezes, como qualquer mortal, e frequenta bailes de meia idade para dançar e, eventualmente, paquerar. Detalhe: vai sozinha, acompanhada, tão somente, do seu batom vermelho. Numa dessas noites, conhece alguém. Apaixona-se. Mas nada de submissão. Glória cede, entrega-se, mas não se desrespeita pelo outro. É uma mulher e tanto. Confira! ;-)

Uma viagem extraordinária

"The Young and Prodigious T.S. Spivet" , direção de Jean-Pierre Jeunet, mesmo diretor do Fabuloso Destino de Amélie Poulain, traduzido como "Uma viagem extraordinária". O filme baseia-se no livro de Reif Larsen, The Selected Works of T.S. Spivet . Filme delicado e encantador. Com sensibilidade e realismo mágico, a estória fala de família, de luto, de infância, a partir do olhar de uma criança de 10 anos . Dois irmãos gêmeos. Um parecido com a mãe e o outro com o pai. Um acidente-brincadeira. A morte de um filho, de um irmão, do melhor amigo de tapioca, o cachorro. Como essa família elaborou a perda? É a família de T.S. (Kyle Catlett), mas poderia ser qualquer uma, afinal, diferenças, complexos, competições, dificuldades e união, apesar de todas as esquisitices, é o que compõe uma família. "Desconfie da mediocridade, ela é o mofo da mente", frase da Dra Clair (Helena Bonham Carter), mãe de T.S.

Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras

Acompanho as colunas da escritora jornalista Eliane Brum e fico encantada como ela consegue dizer o meu não-dito. Ela fala de questões do dia-a-dia, como a diminuição da maioridade penal ou sobre a cibercultura, comenta sobre documentários ( leia aqui sua crítica sobre o documentário Elena ), ao mesmo tempo em que aborda temas delicados e íntimos, como o envelhecer e a homossexualidade. Ela é brilhante! Nunca tinha lido nenhum dos seus livros, então, charlando outro dia na Cultura, resolvi comprar seu lançamento: Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras . É autobiográfico. Ao percorrer as páginas, vamos acessando recantos, mistérios da autora. De forma delicada, Eliane Brum vai se mostrando, compartilhando conosco da sua infância e de como essas primeiras histórias a transformaram em quem ela é hoje, ou melhor, como nossas histórias vão nos tecendo dia a dia, indefinidamente. "Só Lili sabia que os livros não eram objetos, mas portais. Quando e

Pequeno Cidadão - O Sol e a Lua

Acho essa música tão bonitinha... Música: Antonio Pinto / Taciana Barros Clipe: Adams Carvalho (Direção e Realização) O Sol pediu a Lua em casamento disse que já a amava há muito tempo Desde a época dos dinossauros, pterodátilos, tiranossauros.. Quando nem existia a bicicleta nem o velotrol nem a motocicleta Mas a lua achou aquilo tão estranho, uma bola quente que nem toma banho Imagine só ___ tenha dó Pois meu coração nao pertece a ninguém Só a inspirações de todos os casais, dos grandes poetas aos mais normais Sai pra la rapaz! O Sol pediu a Lua em casamento, E a Lua, disse: Não sei, não sei, não sei Me dá um tempo. E 24 horas depois o Sol nasceu a Lua se pôs e.. O Sol pediu a Lua em casamento, E a Lua, disse: Não sei, não sei, não sei Me dá um tempo. O Sol congelou seu coração Mas o astro rei Com todos os seus planetas, Cometas, asteroides, Terra, Marte, Vênus, Netúnos e Urânos Foi se apaixonar justo por ela, Que o despresa e o