Gostei do filme francês Le Hérisson. A personagem pricipal, Paloma - uma menina de 11 anos, de classe alta, inteligente -, decepcionada com a vida que observa ao seu redor, decide que quando fizer 12 anos irá se matar, pois essa é a única maneira de fugir do destino que a espera. Com uma filmadora velha do pai, vai gravando cenas de sua vida cotidiana, seus olhares.
O filme conquista talvez pela sutileza. É mais do que a diferença de classes, a zeladora que não é vista, a vida vazia da classe alta, os 10 anos de terapia-antidepressivos-champagne, a falta de comunicação verdadeira nessa família... é o esconderijo perfeito - um quarto repleto de livros, de mundos que encantam Madame Michel -, é a gentileza e o respeito de um estranho, o desenho e a filmadora de Paloma ajudando-a a significar a vida.
"O mais importante não é a morte em si, mas o que você estava fazendo quando ela chegou", é o como se leva a vida que dá sentido à morte e há sempre oportunidade de mudarmos a perspectiva, (terminando com vírgula mesmo!)
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