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Filmes!

Faz um tempinho que não escrevo sobre nada, mas é que são tantas coisas...

Vi alguns filmes interessantes por esses dias! Cada um à sua maneira. Vamos lá!

Se você é fã do cinema argentino e de Ricardo Darín, claro que não vai deixar de ver "Carancho", traduzido como "Abutres". Não é dos melhores, mas é uma história interessante por falar de um aspecto socio-econômico da realidade dos nossos hermanos. Os atores estão excelentes, mas é a estória em si que me deixou com um sentimento de "quero mais". Talvez tenha faltado a profundidade, a delicadeza, vista no "Segredo dos seus olhos", "Plata Quemada", "O mesmo amor, a mesma chuva"... confira você mesmo!

Sinopse: Na Argentina morrem por ano mais de 8.000 pessoas em acidentes de trânsito, uma média de 22 por dia e mais de 120.000 ficam feridas. A última década deixou 100.000 mortos. Os milhões de Pesos que as vítimas e familiares empregam nos gastos médicos e legais produzem um enorme mercado, sustentado pelas indenizações das seguradoras e pela fragilidade da lei. Por trás de cada tragédia há uma possibilidade de negócio.


Outra boa pedida, esse mais leve, seguindo a linha dos anteriores, é "Manual do Amor 3", no original, Manuale D'Amore 3, na verdade, mostra por meio de estórias entrelaçadas que não há um "manual" do amor, tudo pode acontecer...
Veja o trailler, está em italiano sem legenda: http://www.youtube.com/watch?v=x-xtzzePWTQ


No cinema nacional, gostei bastante de VIPs, com Wagner Moura no papel principal, fantástico! Baseado em fatos reais. O Marcelo do filme não passa a ideia de ser "bandido", "estelionatário", é alguém em busca de si mesmo, recorte levado ao extremo no filme. Um rapaz que não queria ser "o zé ninguém" tão comentado pela mãe. Vale a pena.



 A Janela da Alma




E do mesmo diretor Ferzan Ozpetek (quando vejo 1 trabalho de um artista e gosto, tenho mania de procurar por outros... e esse diretor foi uma grande descoberta para mim! ;-))

 
La Finestra Di Fronte, em português, A Janela da Frente. Lindo filme. Estória bem contada, cada detalhe com um propósito, personagens fortes e um tema recorrente em outras obras, mas nunca esgotado, a busca por quem somos, pelo sentido da vida, os prejuízos de não se viver o que se deseja - ou por não saber ou por temer -, enfim, a janela da frente é o olhar do outro e nosso próprio olhar estrangeiro.

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