Esses dias a arte me fez pensar/sentir o inusitado da vida. "A Serpente", texto de Nelson Rodrigues, sacode as nossas convicções de ser humano-comportado-correto, nos fazendo viver o humano instintivo, menos bonitinho, talvez, menos nobre. Já "Antigravity" surpreende por testar os limites do corpo físico - pelo menos do meu!rs -, nos mostrando outras possibilidades para além do nosso "quadrado". A arte realmente é um antídoto contra a monotonia.
Fazia tempo não assistia uma história de amor tão linda quanto a desse filme turco: Sadece Sen (que significa "só você", em português), lançado em 2014. Uma amiga me recomendou e como eu adoro um romance, fui conferir. Está na Netflix. A diretora é Hakan Yonat, também autora do documentário Ecumenópolis: a cidade sem limites , sobre Istambul em um caminho neoliberal destrutivo (mas essa é outra história!). Sadece Sen nos conta de Ali (Ibrahim Çelikkol) e Hazal (Belçim Bilgin), lindos e turcos (rs). Ali é um ex-pugilista, órfão, de olhos tristes, que vive assombrado com o peso de escolhas - e suas consequências - das quais se arrepende. Já Hazal é uma moça primaveril, bonita e cega que trabalha em um call center, mas que também esconde uma escuridão interna, uma culpa que a aprisiona. Os detalhes vão aparecendo ao longo do filme. Eles se conhecem meio que "por acaso" (será que há acasos na vida?); Hazal costumava ir assistir tv com o tio, que era...
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