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Nosso Lar


Hesitei em ver o filme Nosso Lar. Não sei bem o motivo, talvez pela propaganda em torno da exuberância dos efeitos especiais, quando achava que o enfoque deveria ser a ideia da doutrina espírita em si. De fato, o filme não emociona como A Vida de Chico Xavier, por exemplo. Não me convenceu como estória, entende?

De qualquer maneira, a trilha sonora de Philip Glass - conheci esse artista há uns anos, ouvindo uma fita cassete (!) no carro de uma "amizade colorida" em Floripa - é o braço direito do filme, digamos assim. Grandiosa, impactante.

E sempre fica a reflexão de que a lei de ação e reação é inevitável - eu acredito nisso -, como afirma Einstein:
A vida é como jogar uma bola na parede:
se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;[...]
Por isso, nunca jogue uma bola na vida
De forma que você não esteja pronto a recebê-la.
A vida não dá nem empresta;
Não se comove nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

Ademais, como disse o mestre Jesus em seu "Sermão da Montanha", "não me perguntais coisas que vós não podeis compreender", o que sentiu e traduziu o poeta: "há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia".

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