Há alguns anos vi um vídeo muito interessante sobre o perigo da história única, palestra no TED da nigeriana Chimamanda Adichie, disponível no Youtube. Esses dias li o livro em que essa palestra foi transcrita, pois combinei de conversar sobre esse tema com amigos.
"Mostre um povo como somente uma coisa, repetidamente, e será o que eles se tornarão". E como essa parcialidade é cruel, pois restringe, omite, mas é assumida como verdade absoluta que se presta à manipulação dos sentidos. E você pode estar pensando, o que isso tem a ver comigo e com o meu dia a dia?
A história única não é prejudicial apenas para a imagem de um povo, de um país, ela é danosa para todo e qualquer juízo de valor que fazemos - e como somos precipitados em fazê-lo! -, ela é a base do preconceito, da intolerância. "A única história cria estereótipos. E o problema com os estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que sejam incompletos. Eles fazem uma história tornar-se a única história".
É aquele colega de trabalho ao qual julgamos e rotulamos, apenas por conhecermos 1 faceta de sua história; são as ideias rígidas nas quais acreditamos e que nos impedem de olhar o fato de outra perspectiva; é o engessamento que impede o novo, a criatividade; é a rotina e as nossas zonas de "conforto".
Como já disse Saramago, "é preciso dar a volta completa para que se enxergue o todo". Criemos o hábito do questionamento, coloquemo-nos, pois, em dúvida; estejamos abertos a ouvir as diversas histórias que sempre existem em cada um de nós.
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