Por que será que tantas pessoas antipatizam os bichanos, achando-os interesseiros ou egoístas? Talvez porque geralmente julgamos o novo a partir de modelos pré-existentes. Assim, no nosso arquivo mental “animais de estimação”, o modelo, por ser o mais popular, é o cachorro. De sorte que todo animal que se pretenda ser de estimação será comparado ao cão. E, obviamente, um papagaio, uma chinchila, um hamster, uma calopicita, um cágado... um gato, enfim, não são a mesma coisa, embora todos possam ser domesticados. Bem, aí começam os pré-julgamentos, os pré-conceitos (e acho que essa hipótese serve para vários contextos!) e os mal entendidos. Uma mente aprendiz mantém-se aberta a novos conceitos, cheiros e sabores, pois ela compreende que há diversas maneiras – nem melhores nem piores – de significar o mundo e seus mistérios. Ao contrário, uma mente estreita é rígida, presa ao já conhecido, segura em suas âncoras, acomodada e preguiçosa. Mas o que isso tem a ver com os...
O Delicado da Vida